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Colcha de retalhos

O filme narra a trajetória de um grupo de mulheres de diferentes gerações que se reúnem para confeccionar colchas de retalhos, tendo sempre um tema para nortear seu trabalho de construção coletiva.

A produção é de 1995, mas a temática é atemporal.
O filme narra a trajetória de Finn, uma jovem de 25 anos que está tentando concluir sua tese de mestrado e que entra e conflito ao receber do namorado, com quem vive, uma proposta de casamento.
Ao se perceber desorientada, a jovem resolve passar o verão na casa da avó para terminar a sua tese e reorganizar as emoções e pensamentos.
Nesse período, tem a oportunidade de conviver com um grupo de mulheres que se reúne numa espécie de clube para confeccionar colchas de retalhos temáticas e artesanais.
A atividade, entretanto, vai além do trabalho coletivo, de forma que proporciona uma releitura de diferentes narrativas da vida dessas mulheres, suas histórias, escolhas e paixões, despertando sentimentos intensos em todas as envolvidas, inclusive em Finn, enquanto uma colcha temática sobre o amor é confeccionada, para ser ofertada a ela.
Descobertas inusitadas acontecem e, com isso, um reposicionamento diante da vida e das escolhas é requerido.
O filme é uma obra de arte. Fala sobre a vida, suas sutilezas, encantos e desencantos que perpassaram as vidas dessas mulheres, convidando-nos a refletir a respeito da nossa própria vida e escolhas.

Ficha Tecnica

  • Titulo Original – How to Make an American Quilt – 1995, dirigido por Jocelyn Moorhouse, Estados Unidos
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O primeiro ano do resto de nossas vidas

Protagonizado por um grupo de grandes amigos da faculdade, O primeiro ano do resto de nossas vidas trata dos dilemas da vida adulta, que logo se apresentam mais difíceis de resolver do que se imaginava nos anos da faculdade. Com a formatura, a vida desses jovens muda de rumo, mas ironicamente, seus problemas insistem em acompanha-los. Várias batalhas se travam e os desafios são inúmeros. Intensos conflitos familiares, dificuldades de auto aceitação, a busca por relacionamentos significativos e muitos outros se descortinam. Algumas dessas batalhas são árduas demais, e a vida parecer gostar de desferir golpes continuamente.

Pode soar intensa e dramática a vida desses amigos, mas certamente nos identificamos com alguns dos seus dilemas (senão muitos…), mesmo que de forma não tão condensada. Sua lealdade e amizade, entretanto, são fonte de alivio e inspiração. Entretanto, a mensagem que fica e a certeza de que, em qualquer época da vida, sempre teremos desafios. E, afinal, não necessariamente serão resolvidos, e teremos que aprender a lidar com eles, com uma certa dose de leveza e bom humor.

Um filme tocante, estrelado por um elenco de peso, que nos convida a repensar nossas expectativas, muitas vezes ilusórias, frente aos dilemas que temos que enfrentar. Uma produção cinematográfica sensível e profunda. 

FICHA TÉCNICA

  • Título Original – St Elmo’s Fire

  • Produção – Original Netflix

  • Direção – Joel Schumacher

  • País de produção – Estados Unidos

  • Ano de produção – 1985

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Rosa e Momo – La Vita Davante a Sé

Um assalto. Esse é o cenário inicial onde nasce a intensa relação entre Rosa e Momo. Ela, uma senhora de idade avançada de origem judaica e sobrevivente dos horrores do Holocausto. Carregada de memórias traumáticas, tornou-se prostituta. Fora de atuação, dedica-se a auxiliar as colegas de profissão ao cuidar de seus filhos enquanto elas precisam ganhar a vida.

Momo é um adolescente imigrante sozinho numa terra estranha, e busca na marginalidade algum acolhimento para o seu sofrimento. Ao assaltar Rosa, uma série de eventos se sucedem e nasce uma relação inusitada entre os dois. 

Depois de um começo tumultuado, vai crescendo uma relação de respeito, afeto e amizade mútua, onde ambos se ajudam e se resgatam guiados pelas forças misteriosas do coração. 

Rosa e Momo é um filme que nos impulsiona a repensar as possibilidades de vida após as grandes tragédias, colocando o sofrimento sob perspectiva.

A atuação magistral da atriz aclamada Sophia Loren e do jovem ator Ibrahima Gueye conferem a esse drama uma sensibilidade tenaz, capaz de tocar as nossas mentes e corações.

FICHA TÉCNICA

  • Título Original – La Vita Davante a Sé

  • Produção – Original Netflix

  • Direção – Edoardo Ponti

  • País de produção – Itália

  • Ano de produção – 2019

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A tenda vermelha

Dinah é o seu nome. E dessa vez ela é a protagonista da estória, e não seu pai Jacó, como na narrativa bíblica contida em alguns capítulos do livro de Genesis. Na voz dessa mulher, ecoam os imensuráveis desafios do feminino na antiguidade. 

A tenda vermelha, um lugar de mistério e fascínio, é um espaço destinado essencialmente para as particularidades do feminino, onde as mulheres permanecem durantes os ciclos menstruais, períodos de convalescença e para dar à luz. O local é frequentado exclusivamente por mulheres, e mesmo as meninas só tem autorização para adentra-lo após a menarca – a primeira menstruação.

A estória que nos apresenta Anita Diamant vai muito além da descrição da violência sofrida por Dinah. Perpassa pela relação com as quatro esposas de seu pai Jacó e seus muitos irmãos. O feminino é evocado e fortalecido na tenda vermelha, em oposição ao silêncio doloroso e resignado imposto pela cultura patriarcal e tradições familiares intimidadoras para a mulher, se desnuda na vivencia dessas mulheres. Seus medos, mágoas, paixões, percepções, intuições, os diversos rituais e seus partos formam uma teia sutil e impactante de aliança e sororidade. A tenda vermelha é uma viagem fascinante para dentro do universo feminino. Difícil não se envolver, improvável não se comover e impossível não se emocionar. 

Sobre a autora – Anita Diamant nasceu em Nova York e é uma jornalista e escritora premiada, mundialmente reconhecida pelo seu trabalho. Seus livros foram traduzidos em diversos idiomas, e A Tenda Vermelha inspirou a série da Netflix que recebeu o mesmo nome, lançada em 2014. 

FICHA TÉCNICA

  • Nome original – The Red Tent

  • Autora – Anita Diamant

  • Tradução – Rui Gabriel Viana Pereira e Paulo Guimaraes Pedro

  • Pais de origem – Estados Unidos

  • Número de páginas – 304

  • Ano de lançamento – 2001

  • ISBN-13 ISBN 008599296086

  • Editora Arqueiro

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Em busca de sentido – Um psicólogo no campo de concentração

“Quem tem um porque, suporta quase qualquer como” – Friedrich Nietzshe.

Em busca de sentido é o relato de quão pertinente é a citação do filosofo prussiano – atual Alemanha, Friedrich Nietzshe, inclusive em situações extremas como a vida dos prisioneiros dos campos de concentração da Alemanha durante a II Guerra Mundial. Viktor Frankl foi prisioneiro de diversos desses campos, e essa afirmação o auxiliou a expandir sua teoria – até então embrionária, que preconizava que um indivíduo, quando tem uma forte razão para viver, encontra forças para enfrentar praticamente todas as adversidades da vida. 

O autor sustenta que a nossa reação ante as situações vividas, inclusive as mais extremas e desafiadoras, está intimamente relacionada com o sentido que damos a nossa vida. Dessa forma, adquire-se habilidade para extrair sucesso mesmo em situações trágicas.  A busca de sentido oferece caminhos para a superação dos desafios.

O autor apresenta os benefícios evidentes de uma vida com proposito, pois, este último nos capacita a superar dificuldades inimagináveis. Frankl salienta que esse sentido não é estático, podendo sofrer alterações no decurso da vida, de forma que o objetivo atual pode não ser o mesmo daqui a algum tempo, e que essas alterações são naturais e necessárias para a nossa evolução. Em busca de sentido é uma obra inspiradora, baseada na vivencia do autor e que nos estimula a refletir sobre as nossas escolhas diárias e questionar o sentido das nossas ações. A experiencia de Frankl e dos prisioneiros por ele assistidos como médico e companheiros de prisão o auxiliaram a aprimorar sua teoria sobre o sentido da vida como mecanismo de enfrentamento de dificuldades. A obra é uma reflexão a respeito das nuances da mente humana quando afetada por situações-limite de sofrimento e desesperança, mas que quando se encontra ancorada num sentido claro e definido, encontra subsídios para superar as piores adversidades, num relato emocionante e extremamente engrandecedor.

Sobre o autor – Viktor E. Frankl foi um médico neuropsiquiatra austríaco, professor e fundador da terceira escola vienense de psicoterapia – Logoterapia. Autor de diversas obras, é largamente estudado por cientistas e acadêmicos de psicologia e outras áreas nos Estados Unidos e Canadá, sendo reconhecido mundialmente pelas contribuições da Logoterapia para o desenvolvimento humano e o enfrentamento de situações de sofrimento.

FICHA TÉCNICA

  • Nome original – Trotzdem Ja zum Leben sagen – Ein Psychologe erlebt das Konzentrationslager

  • Autor – Viktor E. Frankl

  • Tradução – Carlos C. Aveline

  • Número de páginas – 140

  • Ano de lançamento – 1946

  • ISBN-13 – 9788432606266 

  •  ISBN – 9788432606266

  • Editora Sinodal

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Perdas Necessárias

A obra versa sobre um dos temas mais significativos e impactantes no decurso da vida – as perdas. Nessa obra prima da literatura mundial, Judith Viorst nos conduz de volta ao início da vida e suas primeiras relações, seguindo o curso natural da existência do início ao fim da vida. Essas relações são calcadas fundamentalmente sobre perdas que geram ganhos, tratando o universo das perdas de forma ampla e profunda, aguçando os nossos sentidos e instigando a nossa compreensão sobre tudo o que necessitamos perder para crescer e evoluir na jornada da vida. Com uma escrita lúcida e didática, a autora nos conduz a uma reflexão sobre o papel do abandono das ilusões e expectativas as quais nos tornamos ligados, sem o qual não podemos galgar novas conquistas. 

As inúmeras experiências de perda – reais ou simbólicas, carregam um potencial intrínseco de crescimento e evolução, sendo fundamental refletir sobre o tema com coragem e honestidade. As perdas estão presentes na vida desde o nascimento até a morte. Ao abordar as diferentes perdas necessárias ao longo da vida, a autora nos convida a repensar tais experiências, fomentando reflexões que incrementam nossas possibilidades de mudança e crescimento, no eterno ciclo de despojamento conhecido pelo nome de “vida”. Perdas Necessárias é muito mais que um livro, constituindo-se num verdadeiro tratado de autodescoberta. 

Sobre a autora – Judith Viorst é uma historiadora e psicanalista norte-americana, autora de inúmeras obras literárias. Seus trabalhos são mundialmente conhecidos, sendo Perdas Necessárias um ícone no segmento de autoajuda, traduzido em vários idiomas, figurando por muito tempo na lista de best sellers do The New York Times.

FICHA TÉCNICA

  • Nome original – Necessary Losses
  • Autora – Judith Viorst
  • Tradução – Aulyde Soares Rodrigues
  • Pais de origem – Estados Unidos
  • Número de páginas – 335
  • Ano de lançamento – 1986
  • ISBN 978-85-06-04499-6
  • ISBN 978-85-06-06660-7 N.O.
  • Editora Melhoramentos