Dinah é o seu nome. E dessa vez ela é a protagonista da estória, e não seu pai Jacó, como na narrativa bíblica contida em alguns capítulos do livro de Genesis. Na voz dessa mulher, ecoam os imensuráveis desafios do feminino na antiguidade.
A tenda vermelha, um lugar de mistério e fascínio, é um espaço destinado essencialmente para as particularidades do feminino, onde as mulheres permanecem durantes os ciclos menstruais, períodos de convalescença e para dar à luz. O local é frequentado exclusivamente por mulheres, e mesmo as meninas só tem autorização para adentra-lo após a menarca – a primeira menstruação.
A estória que nos apresenta Anita Diamant vai muito além da descrição da violência sofrida por Dinah. Perpassa pela relação com as quatro esposas de seu pai Jacó e seus muitos irmãos. O feminino é evocado e fortalecido na tenda vermelha, em oposição ao silêncio doloroso e resignado imposto pela cultura patriarcal e tradições familiares intimidadoras para a mulher, se desnuda na vivencia dessas mulheres. Seus medos, mágoas, paixões, percepções, intuições, os diversos rituais e seus partos formam uma teia sutil e impactante de aliança e sororidade. A tenda vermelha é uma viagem fascinante para dentro do universo feminino. Difícil não se envolver, improvável não se comover e impossível não se emocionar.
Sobre a autora – Anita Diamant nasceu em Nova York e é uma jornalista e escritora premiada, mundialmente reconhecida pelo seu trabalho. Seus livros foram traduzidos em diversos idiomas, e A Tenda Vermelha inspirou a série da Netflix que recebeu o mesmo nome, lançada em 2014.
FICHA TÉCNICA
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Nome original – The Red Tent
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Autora – Anita Diamant
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Tradução – Rui Gabriel Viana Pereira e Paulo Guimaraes Pedro
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Pais de origem – Estados Unidos
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Número de páginas – 304
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Ano de lançamento – 2001
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ISBN-13 ISBN 008599296086
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Editora Arqueiro